Em nenhum outro lugar é tão fácil trabalhar com cheiro a férias como na Gran Canária. Um clima ameno o ano inteiro e uma vida urbana vibrante fazem deste destino a meca dos nómadas digitais.
Há já vários anos que a Gran Canária aparece em todos os rankings de melhores destinos para trabalho remoto. E isto, note-se, ainda antes de se saber bem o que é ou o que faz um nómada digital. Hoje, a liderança mantém-se e percebe-se porquê. Nesta ilha das Canárias, em Espanha, há tudo aquilo que alguém que trabalha à distância procura: paisagens idílicas, clima primaveril doze meses por ano, praias maravilhosas, internet veloz, uma população acolhedora, e vários (e bem equipados) espaços de alojamento, trabalho e confraternização.
Além disso, a comunidade de nómadas digitais vai crescendo e consolidando aqui uma espécie de quartel-general, beneficiando das condições que vão sendo criadas a nível oficial, dando origem a diversos projetos destinados aos próprios trabalhadores remotos e que contribuem para o aprofundamento do nomadismo digital como filosofia de vida.
Outra vantagem é que, quem viaja a partir de Portugal, tem voos diretos através da TAP, bastando-lhe pegar no computador e partir. Daí a cerca de duas horas estará naquele que é considerado o escritório com melhor clima do mundo.
Onde o lazer abraça o dever
Um continente em miniatura é como a Gran Canária é frequentemente definida. E isto porque numa simples ilha é possível encontrar uma espécie de mini continente, devido às variações climáticas e à diversidade paisagística.
Aqui é possível fazer um pouco de tudo – e os nómadas digitais já o sabem – por exemplo, mergulhar em praias paradisíacas (las Canteras, las Alcaravaneras ou Playa del Inglés), caminhar em colossais dunas (Maspalomas), correr em bosques frondosos (grande parte do território é Reserva Mundial da Biosfera), passear numa pequena Veneza (Puerto de Mógan), admirar-se com a beleza de montanhas e formações rochosas únicas (Risco Caído e as Montanhas Sagradas de Gran Canária, Património Mundial da UNESCO) ou descobrir monumentos históricos (nos antigos bairros de Triana e Vegueta).
Abraços como os de casa
Com um estilo de vida descontraído, os habitantes da Gran Canária são anfitriões amigáveis, que tudo fazem para que quem aqui chega se sinta em casa. Aliás, este é um destino turístico por excelência – e muito seguro – não faltando nenhuns dos atrativos indispensáveis a quem aqui vem passar temporadas a trabalhar, passear, relaxar e estabelecer relações com pessoas de todo o mundo.
Las Palmas é a capital, situada a noroeste, e é aqui que reside o ponto nevrálgico do nomadismo digital na ilha. É grande a abundância de cafés, restaurantes, espaços de coworking, comércio e alojamento para todos os gostos e necessidades. Um dos principais locais escolhidos pelos trabalhadores remotos para habitar é o bairro de Guanarteme, muito próximo da praia de las Canteras, onde não faltam hostels, cafetarias e várias lojas de comércio tradicional.
Uma comunidade que se abraça
Têm sido várias as medidas oficiais para potenciar as Canárias como destino para os trabalhadores remotos. O Turismo das Canárias tem vindo a desenvolver uma estratégia destinada a reestruturar a oferta de alojamento e também com vista a construir espaços de coworking e coliving.
O nomadismo digital está tão enraizado por estes lados que foi nestas ilhas que nasceu a DigiNomads, uma aplicação para encontrar colaboradores, profissionais e gerar comunidade com base na sua geolocalização, desenvolvida precisamente por um nómada digital que se mudou para o arquipélago durante o confinamento.
Também por iniciativa de um grupo de nómadas digitais, realizou-se aqui, em março de 2022, a Thriving Nomads Conference, uma reunião em formato híbrido, pensado para inspirar e capacitar os trabalhadores remotos, bem como para aumentar o impacto positivo dos seus projetos e empresas.
Quem está com curiosidade em explorar a Gran Canária como destino para teletrabalho não pode deixar de espreitar o guia digital “The Remote Book – Islas Canarias”, criado inteiramente por nómadas digitais (claro) com larga experiência nestas ilhas.
Tome nota: Há muitas comunidades nas redes sociais de nómadas digitais a trabalhar na Gran Canária, pelo que basta pesquisar e deixar-se levar pela onda.
Simples para ir, perfeito para ficar
Os cidadãos da União Europeia (UE) não necessitam de visto para entrar ou trabalhar em Espanha. Já os trabalhadores remotos provenientes de outros países têm à disposição um visto, criado pelo Governo, que permite residir e trabalhar à distância no país, durante um ano.
Quanto aos voos, a simplicidade é ainda maior, já que a A TAP voa diretamente para Las Palmas. Isto é o mesmo que dizer que não há nada que o impeça de abraçar o nomadismo digital na Gran Canária e comprovar por si se este é, ou não, o escritório com que sempre sonhou.