Afeta, sobretudo, crianças pequenas, mas pode ocorrer reinfeção em qualquer idade. Em pessoas com mais de 60 anos e com um sistema imunitário comprometido pode causar doença grave.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) deve o nome (sincicial) às grandes células que se formam pela fusão das células infetadas1. Altamente contagioso, tem impacto sobretudo em indivíduos muito jovens e adultos com fatores de risco, podendo provocar doença respiratória aguda2. Por este motivo, indivíduos com mais de 60 anos devem ter especial atenção a este vírus.
Neste artigo, indicamos-lhe tudo o que precisa saber sobre o VSR, para que se mantenha alerta e devidamente informado.
2 a 8 dias
O período de incubação do vírus sincicial respiratório dura entre 2 e 8 dias3.
O que é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)?
Trata-se, como o próprio nome indica, de um vírus e pode provocar doença respiratória em pessoas de qualquer idade. O VSR é a causa mais comum de doenças das vias respiratórias inferiores em crianças até aos 5 anos3. Apesar de ser um vírus respiratório comum que apresenta, geralmente, sintomas ligeiros, semelhantes aos de uma constipação, em crianças com menos de 6 meses de idade e adultos com mais de 60 anos e com um sistema imunitário comprometido, o VSR pode causar infeções graves e, inclusive, levar à morte4.
Tome nota :
Em Portugal, o vírus sincicial respiratório circula, tipicamente, entre
outubro e novembro e entre abril e maio3.
Quais os principais sintomas?
Os sintomas do VSR aparecem, aproximadamente, seis dias depois da exposição ao vírus. Geralmente, são sintomas semelhantes ao de uma constipação.3,6
Porém, os sintomas e a gravidade podem variar, dependendo de fatores como idade ou estado de saúde da pessoa. Os mais comuns são3,6:
● Febre;
● Tosse;
● Dor de garganta;
● Corrimento nasal;
● Nariz entupido;
● Dor de cabeça;
● Fadiga;
● Espirros;
● Sibilância aumentada;
● Taquipneia/ Dificuldade em respirar;
● Cianose (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue).
3 milhões
Estima-se que, em 2019, na Europa, o vírus sincicial respiratório
tenha sido responsável por 3 milhões de casos de insuficiência
respiratória aguda5.
Quais os grupos são mais afetados pelo VSR?
Apesar de todos estarmos suscetíveis ao VSR, existem grupos mais vulneráveis, como3:
● Recém-nascidos e lactentes com menos de seis meses de idade;
● Bebés prematuros;
● Crianças com doenças cardíacas, pulmonares e neuromusculares congénitas;
● Crianças imunocomprometidas;
● Adultos com mais de 60 anos.
20 mil mortes
Estima-se que, em 2019, na Europa, o vírus sincicial respiratório
tenha sido responsável por 20 mil mortes em contexto
hospitalar, tendo levado a cerca de 274 mil hospitalizações.
Para adultos com 60 ou mais anos, os dados sugerem um risco
aumentado de infeção por VSR que pode levar à
hospitalização5,7.
Que complicações na saúde podem advir deste vírus?
A maioria das pessoas que contrai VSR recupera em cerca de uma semana, sem necessidade de tratamento médico. Contudo, algumas, como as dos grupos de risco, podem sofrer complicações3,6, como:
● Bronquiolite;
● Traqueobronquite (inflação na traqueia e nos brônquios);
● Pneumonia viral;
● Conjuntivite;
● Otite média aguda;
● Agravamento de algumas doenças crónicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), asma ou insuficiência cardíaca.
Como se transmite?
O VSR é altamente contagioso, transmitindo-se através de partículas de ar que entram no corpo através do nariz, dos olhos ou da boca3. Assim, é possível contrair-se VSR sempre que8:
● Um pessoa infetada com VSR espirre ou tussa para cima de outra não infetada;
● Haja um contacto direto com uma pessoa infetada através de beijos (mesmo que na cara) ou de um aperto de mãos;
● Se se tocar numa superfície que contenha o vírus, como a maçaneta de uma porta.
Sabia que…
O VSR é muito contagioso, podendo sobreviver durante várias
horas nas mãos ou superfície rígidas? 9
Existe tratamento para o VSR?
Não existe um tratamento específico para o VSR. Uma vez que a maior parte dos episódios de infeção por VSR acaba por desaparecer ao fim de alguns dias, o que se faz é uma gestão dos sintomas, como acontece com as constipações. Para isso, é indicado a toma de antipiréticos (para a febre) e analgésico (para as dores). Além destes medicamentos, é aconselhada a ingestão de muitos líquidos (preferencialmente água), para que se evite a desidratação e para ajudar a fluidificação das secreções. Porém, e como cada caso é um caso, é importante ser visto pelo médico, sobretudo se se tratar de uma criança ou um adulto com mais de 60 anos8.
Como prevenir o VSR?
Para prevenir o vírus sincicial respiratório, basta seguir as indicações para a prevenção de outros vírus3,4,8:
● Lavar as mãos;
● Evitar levar as mãos sujas ao rosto/olhos;
● Limpar com alguma frequências superfícies, como maçanetas de portas ou dispositivos móveis (como smartphones ou comandos de televisão);
● Sempre que tossir ou espirrar, cobrir a boca e nariz com um lenço ou o braço, evitando fazê-lo para as mãos;
● Lavar os brinquedos das crianças com alguma frequências (sobretudo quando existem casos de VSR na escola);
● Caso apresente sintomas, deve evitar o contacto físico (como beijos, apertos de mãos ou abraços) a outras pessoas, sobretudo se se tratar de crianças pequenas.
O VSR e outras infeções respiratórias
Tal como o VSR, também o SARS-CoV2 (o vírus que origina a Covid-19) e o Influenza são vírus causadores de doenças respiratórias. Por este motivo, os seus sintomas podem ser semelhantes. Contudo, depois de a Covid-19 abalar o mundo, a comunidade médica começou a aperceber-se de uma tripla epidemia, onde o SARS-CoV2, o Influenza e o VSR conviviam juntamente, o que levou a um aumento da afluência às urgências. No início deste ano (2023), esta tripla epidemia mantinha-se. Por isso, esteja atento e proteja-se.
Com o apoio de :
NP-PT-AVU-PRSR-230009 | 12/2023
Para mais informações, consulte o seu médico.
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Referências:
2. Openshaw PJM et al. Annu Rev Immunol 2017;35:501–532
3. SNS 24, Vírus Sincicial Respiratório
5. Savic M et al. Influenza Other Respir Viruses 2023;17(1):e13031
6. Kodama F et al. Infect Dis Clin North Am 2017;31:767–790
8. Centers for Disease Control and Prevention, Respiratory syncytial virus infection