O que é?

O nosso futuro

A RTP é o operador de serviço público de Rádio e Televisão de Portugal. Isto, caro telespetador, ouvinte e leitor, você já sabia. O que temos para lhe dizer agora vai um pouco mais longe. Define melhor o que estamos a fazer deste lado. O que percebemos foi que, além da informação e programação diária que oferecemos, era preciso ir um pouco mais longe e um pouco mais fundo. Numa frase: havia a estimulante sensação de que podíamos fazer melhor serviço público.

Depois de algum debate interno, tornou-se evidente para todos na RTP que há uma permanente sensação de urgência que nos consome a atenção e os recursos. Acontece que o imediato acaba por retirar tempo aos assuntos que, por natureza, exigem um olhar mais demorado e ângulos de abordagem diferentes e até singulares. Sem esse tempo mais pausado, ficam por dizer demasiadas coisas. Sem este tempo mais demorado, torna-se difícil aproveitar a extensão do universo RTP para ligar todos os pontos que podem e devem ser ligados.

Por exemplo, fazer uma reportagem sobre a floresta em fevereiro, quando nada arde, pode ser uma boa ideia para mostrar o trabalho que está a ser feito ou deveria estar a estar feio para evitar mais incêndios. Seria um sinal que não nos interessam apenas as chamas e o rescaldo, interessa-nos também – e muito — a prevenção. Jornalisticamente, a prevenção pode até ser mais interessante e útil. Ora bem, essa reportagem poderia ser feita para a televisão, mas o ideal seria que a Antena 1 também contasse uma história, focando-se numa região do país. Imagine a coisa assim: RTP1 e a RTP3 iriam para uma zona de Portugal, a Antena 1 para outra. O resultado seria uma mais completa e robusta oferta editorial.

Agora pense no seguinte. Se a isto juntássemos uma grande entrevista, um intenso debate ou até dois, para a RTP1 e outro para a Antena 1; se pudéssemos procurar no mercado e depois exibir documentários mais longos ou mais curtos sobre a floresta e depois embrulhássemos tudo com artigos de opinião e ainda pequenos momentos informativos nos programas da manhã e da tarde, além de notícias… o resultado deste esforço deliberado e coordenado seria a melhoria da nossa oferta nas áreas da informação e da programação. E é para isso que aqui estamos.

E é isso que vamos fazer. Fevereiro será o mês da floresta e a oferta é vasta e variada. Maio será o mês dos oceanos e, já com a rodagem feita, este segundo momento trimestral acontecerá na Primavera e vai consolidar este projeto que tem nome e assinatura. RTP: Nosso Futuro.

(André Macedo)