Este órgão humano criou 7 mil línguas: o cérebro linguístico está no Pavilhão do Conhecimento

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Talking Brains

É sabido que um chimpanzé e um humano têm muito em comum biologicamente, mas há, entre outros aspetos, uma parte do cérebro distinta e que torna única a relação dos seres humanos com o mundo: a zona dedicada à linguagem. A exposição “Talking Brains — Programados para falar”, patente no Pavilhão do Conhecimento até 1 de setembro, desvenda os segredos do cérebro linguístico.

A mostra é o resultado do acordo de colaboração entre a Fundação ”la Caixa” e a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica com o apoio do BPI . Depois de percorrer várias cidades espanholas, está em Lisboa para explicar a linguagem pelas lentes da ciência, de forma inovadora e interativa.

Logo no início, o visitante é surpreendido por uma espécie de Torre de Babel com palavras de todo o mundo e com um dado impressionante: há na Terra cerca de 7 mil línguas diferentes. Umas são orais, outras gestuais, mas todas emanam da parte do cérebro dedicada à linguagem, uma zona comum a todos os seres humanos, mas não aos nossos parentes mais próximos, os chimpanzés. O último ancestral comum entre os seres humanos e estes macacos viveu há 8 milhões de anos e, desde aí, o cérebro humano evoluiu em estrutura e tamanho. Essa evolução deu-nos a capacidade da linguagem.

Depois de traçada a origem de 850 línguas e compreendidas as semelhanças entre a comunicação animal e a linguagem humana, o segundo módulo da exposição mostra como a evolução favoreceu este cérebro linguístico. Réplicas de Australopithecus afarensis, Homo erectus, Homo neanderthalensis esperam o visitante e complementam-se com vídeos sobre a evolução do ser humano. Finalmente, surge o Homo sapiens: é o próprio visitante, que se vê refletido num espelho.

A evolução é uma das abordagens à linguagem que “Talking Brains — Programados para falar” oferece. No entanto, não é a única. A biologia e a neurociência ajudam a explicar fenómenos como as doenças que alteram a capacidade linguística ou se manifestam através dela. Há alguns momentos da exposição dedicados a este tema e, com casos práticos, é possível compreender melhor como a saúde do cérebro afeta este lado essencial da vida humana. Desde doenças que levam ao esquecimento dos nomes de objetos do quotidiano, às que levam à troca constante de palavras, revelam-se aqui os avanços da neurociência e do entendimento da ciência sobre o cérebro, uma matéria tão complexa quanto o próprio Universo.

Os cientistas estudiosos da linguagem veem nos recém-nascidos e, até, nos fetos ainda no útero materno uma possível fonte de respostas. Afinal, sejam portugueses, alemães ou chineses, todos os bebés passam pelas mesmas fases de aquisição de linguagem.

Os investigadores fazem, por isso, perguntas sobre como os fetos reagem à linguagem ou sobre como o bilinguismo impacta as crianças, e as respostas estão nesta exposição, associadas muitas vezes a jogos que desafiam os visitantes.

A última etapa de “Talking Brains — Programados para falar” é, portanto, um labirinto de perguntas e desafios em que crianças e adultos testam o seu próprio cérebro: têm de construir frases sem o sujeito ou o verbo, lembrar-se do máximo de animais começados por P’ e perceber como o som de um choro infantil está relacionado com os sons da sua língua materna.

O conhecimento que temos do nosso próprio cérebro é uma pequena parte de toda a sua complexidade. Este órgão é um universo, mas uma coisa fica clara nesta exposição: é o responsável pela linguagem, a forma como projetamos os nossos pensamentos ao mundo. Uma característica ímpar do ser humano.

Até 1 de setembro, ainda tem a oportunidade de visitar “Talking Brains — Programados para falar”, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Surpreenda-se com o seu próprio cérebro!

HORÁRIOS

3ª a 6ª | 10:00-18:00

Fins de semana | 10:00-19:00

Feriados | 10:00-19:00

Encerra à 2ª feira

A exposição vai estar patente até 1 de setembro de 2024

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